quinta-feira, 14 de junho de 2012

Jogos Populares

De acordo com Vieira e Cavalcante (2002, p. 45), Jogos populares são aqueles conhecidos também como jogos de rua em que seus elementos podem ser alterados, decididos pelos próprios jogadores, com flexibilidade nas regras, e sem exigir recursos mais sofisticados pois sua origem estar na cultura popular. Uma das características dos jogos populares, é que as mudanças dentro do jogo, ficam a critério dos participantes, e para que possam ser desenvolvidas não se faz necessário a utilização de materiais industrializados, sua pratica é realizada em convívio harmonioso, de forma livre espontânea e prazerosa, sendo uma manifestação desenvolvida desde os tempos mais antigos, que visa a ludicidade.

  Os jogos populares na constituição da cultura corporal infantil
 
    De acordo com Kishimoto (1993, p. 15-16) que denomina jogos populares de “jogos infantis tradicionais”, compreender a origem e o significado dos jogos pede uma investigação das raízes folclóricas. Para autora, a determinação das origens dos jogos infantis se fundamenta na história brasileira e na constituição do seu povo. Desta forma, nos diz que “veio com os primeiros colonizadores o folclore lusitano, incluindo os contos, histórias, lendas e superstições que se perpetuaram pelas vozes adocicadas das negras, e também os jogos, festas, técnicas e valores” (idem, p. 18).
    Graças a essa afirmação, podemos concluir que grande parte dos jogos tradicionais popularizados ou regionalizados, como a amarelinha, bolinha de gude, pula-corda, pião, chegaram ao Brasil pelas mãos dos colonizadores portugueses, outros foram incorporados da cultura indígena e afro-brasileira.
    Kishimoto revela assim como a modalidade de jogos infantis ou populares está inserida como cultura. “essa cultura não oficial, desenvolvida, sobretudo, pela oralidade, incorporando criações anônimas das gerações que vão sucedendo”. (idem, ibidem, p. 15).
    Por tais argumentos, afirmamos que os jogos tradicionais infantis contêm um forte elemento folclórico, e assumem características de anonimato, dando assim a entender que por estes aspectos, é muito difícil conhecer a origem desses jogos: “Sabe-se apenas que os jogos infantis tradicionais são provenientes de práticas abandonadas por adultos, de fragmentos de romances, poesias, mitos e rituais religiosos, tradicionalidade e universalidade dos jogos assenta-se no fato de que povos distintos e antigos como os da Grécia e Oriente brincavam de amarelinha, de empinar papagaio, jogar pedrinhas”. (KISHIMOTO, 1993, p. 15)
    São, portanto, os jogos populares, expressões de uma cultura corporal comunitária e que merecem melhor repercussão no ambiente escolar bem como na prática pedagógica da Educação Física num contexto de educação infantil e ensino fundamental. As tatuagens expressas nos jogos populares são valores que, incorporados, contribuem de forma significativa para a construção formal do sujeito.
    Esses jogos foram transmitidos de geração em geração através de conhecimentos empíricos e permanecem na memória infantil. Muitos jogos preservam sua estrutura inicial, outros se modificam, recebendo novos conteúdos. A Força de tais jogos explica-se pelo poder da expressão oral. Enquanto manifestação espontânea da cultua popular, os jogos tradicionais têm a função de perpetuar a cultura infantil e desenvolver formas de convivência social. (KISHIMOTO, 1993, p.15).
Alguns tipos de jogos populares:
1. Barra Manteiga
2. Chicotinho queimado.
3.Pega-pega
4.Capoeira
5. Pula-corda
6. Peteca
7. O mestre mandou
8. Coelho sai da toca
9.Cirandas
10. Pegou-gelou (estátua)
11.Garrafão
12. Muda cacique
13. Amarelinha
14. Bila
15. Pipa
16. Rouba bandeira
17. Elástico
18. Esconde - esconde
Entre outros.


quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Pan 2011 – Brasil fica em terceiro lugar no quadro de medalhas nos Jogos Pan-americanos

A delegação brasileira deixou Guadalajara com muitas medalhas no peito dos atletas. Foram 48 de ouro, 35 de prata e 58 de bronze, somando 141 medalhas conquistadas nos Jogos Pan-americanos, que terminaram neste domingo, no México. Os Estados Unidos terminou na liderança com 236 medalhas, e Cuba ficou com o segundo lugar, com 136 medalhas, superando o Brasil no número de ouros.
Comparando ao último o Pan, realizado em 2007 no Rio de Janeiro, o país manteve o resultado em seis modalidades, melhorou em 11, mas piorou em 18 esportes. As modalidades que mais trouxeram ouro para o país foram o atletismo, a vela, o judô e a natação. O judô conquistou o maior número de medalhas de ouro da história do Pan na categoria masculina.
Outro que ajudou a manter o Brasil entre os três melhores das Américas foi o nadador Thiago Pereira. Ele se torou o esportista mais vitorioso da história do Pan-americano, ultrapassando o saldo do mesatenista Hugo Hoyama. Além disso, Lucélia Ribeiro tornou-se a primeira brasileira tetracampeã no karatê.
A ginástica olímpica foi uma das modalidades que mais sofreu nestes Jogos. A quebra da equipe interferiu no resultado final da delegação. Daniele Hypólito, única ginástica que trouxe medalhas, não quer deixar os atuais técnicos, enquanto Daiane dos Santos, que teve um péssimodesempenho, quer a volta do ucraniano Oleg Ostapenko. O irmão de Daniele e também ginasta, Diego Hypólito, disse que a equipe deve pensar apenas nos treinos. Diego conquistou muitos ouros junto com os companheiros nos Jogos de Guadalajara.

domingo, 19 de junho de 2011

'Esporte Espetacular' pediu frases de incentivo para o Brasil, que está em busca do décimo título da Liga Mundial.


Há duas semanas, Glenda Kozlowski e Tande lançaram no "Esporte Espetacular" a promoção "Um dia de Bernardinho". Para participar, os internautas tiveram que mandar frases respondendo à pergunta: Se você fosse o técnico da seleção brasileira, o que diria aos jogadores para incentivá-los na luta pelo décimo título da Liga Mundial?. As frases mais criativas foram selecionadas e agora você vai saber os nomes dos 14 ganhadores das camisas oficiais do time verde e amarelo.
Foram mais de 11 mil mensagens enviadas pelos internautas do Globoesporte.com.
Confira abaixo os nomes e as frases dos vencedores da promoção:
Nadia Rodrigues dos Santos, São Paulo (SP)
"Essa seleção não é apenas um grupo de homens atrás de mais um título. É um país inteiro torcendo por mais um capítulo na história do vôlei brasileiro. Entrem em quadra sabendo que vocês podem fazer parte dessa história!"
Guilherme Luis da Silva Pessanha, Duque de Caxias (RJ)
"Joguem pelas 190 milhões de mãos que estão cortando a bola juntos com vocês; pelas 190 milhões de pernas que dão impulso para que vocês pulem no bloqueio. Ganhem simplesmente porque vocês são brasileiros e isso por si só já basta."
Rafael Bravo Carneiro Caetano, Rio de Janeiro (RJ)
"Bernardinho aos jogadores: seguro sua mão na minha, uno meu coração ao seu para que juntos possamos fazer aquilo que eu não quero, não posso e não consigo fazer sozinho. Assim os jogadores teriam raça e companheirismo, pois a vitória de um depende da vitória de uma equipe inteira."
Danny Luis Girardi Barbosa, Itabuna (BA)
"Nessa família de guerreiros não há diferença de cor. Todos vocês são verde e amarelo, assim como aproximadamente 194 milhões de irmãos que seguram "a corda" enquanto vocês descem no poço, vibram a cada bloqueio, a cada saque e gritam a cada ponto."
Rogério Alves Costa, Campinas (SP)
"Um dos orgulhos do povo brasileiro é o esporte. O vôlei tem trazido a cada ano mais alegria. Vocês, desta geração, são responsáveis por que esse caminho continue verde e amarelo."
Eleni Teixeira Belai Rissotto, Campo Novo do Parecis (MT)
"Vamos lá pessoal...Tudo é possível quando se quer. Sem luta não há glória. Um time que vence é o time que procura as circunstâncias de que precisa e, quando não as encontra, as criam."
Cristiane Duarte Melo, Cuiabá (MT)
"1,2,3 é bom. 4,5,6 é melhor ainda. 7,8,9 já não bastam mais. Vamos atrás do decampeonato, Brasil!"
Vitor de Oliveira Pimenta, Duque de Caxias (RJ)
"O poder de carregar toda uma nação nas mãos está com vocês. Enquanto tiver uma bola no alto, terá 190 milhões de corações batendo mais forte assistindo. Saquem, defendam e ataquem com a força de toda uma nação."
Rômulo Ferreira de Castro, Fortaleza (CE)
"Garotos, algum dia vocês imaginaram que poderiam chegar a jogar aqui na seleção? Pois vocês chegaram e estão representando a melhor seleção de vôlêi do mundo. Vamos honrar essa camisa e dar o melhor de cada um. Por aqui já passaram os melhores jogadores de todos os tempos e eu sei que vocês podem se juntar a essas lendas."
Lisia Marina Scholz Dias, Maringá (PR)
"Vocês estão aqui para representar o Brasil inteiro. Cada ataque precisa ter a força dessa união, no grito a voz de milhões, e uma defesa inusitada será conquistada com a garra dessa multidão. Entrem na quadra com esse pensamento: em toda casa tem um jovem esperançoso, uma criança sonhadora, mais um atleta pisando junto com vocês."
Maria Larissa Noleto, Colinas (MA)
"A Liga Mundial de Vôlei, para os brasileiros, é como as novelas do 'Vale a Pena Ver de Novo': a gente não se cansa de assistir, sofre com os mocinhos, espera ansioso pelo desfecho, mas sabe que o final sempre será o mesmo, Brasil mais uma vez será o campeão. Vocês são, nota 10!"
Roberta Ferreira, Recife (PE)
"Vamos, meninos! Nosso vôlei é raça, orgulho e tradição! Vamos bloquear os obstáculos, defender nossa hegemonia e sacar nosso talento pro mundo todo ver. Avante, Guerreiros!"
Priscila Campione, Curitiba (PR)
"A grandeza de um brasileiro não se mede pela estatura. Vencer não significa pontos somados. A grandeza de um brasileiro se mede pela garra, coragem, disciplina e espírito de equipe. Vamos lá, Brasil!"
Márcio Valério Carlos da Silva, Natal (RN)
"Acredito no potencial de todos vocês e tenho certeza que conquistaremos mais um título da Liga Mundial. Estamos trabalhando arduamente para isso e devemos honrar não só cada pingo de suor derramado nos treinos, mas principalmente pela história de vitórias que construimos nos últimos anos e por aqueles que ajudaram, com muito empenho e dedicação, a construir esta história: a torcida brasileira."

Olimpiadas Escolares 2011


Os jogos vão movimentar mais de 100 mil alunos da capital e do interior
Inscrições abertas para as Olimpíadas Escolares 2011
Com objetivo de promover a inclusão social pelo esporte, anualmente a Secretaria do Esporte do Estado do Ceará realiza as Olimpíadas Escolares. Este ano, o evento acontecerá de 1 a 31 de julho e será disputado em treze modalidades (masculino e feminino): atletismo, basquete, ciclismo, futsal, ginástica rítmica, handebol, judô, karatê, natação, taekwondo tênis de mesa, vôlei e xadrez.

Ao todo, mais de 100 mil alunos de 12 a 17 anos das escolas públicas e privadas dos 184 municípios do Ceará participarão do certame, possibilitando a complementação da educação pedagógica nas escolas e a revelação de novos valores. A competição divide-se em três fases: Municipal, Regional e Estadual.
Olimpíadas Escolares do Ceará
As Olimpíadas Escolares do Ceará, organizadas pela Secretaria do Esporte do Estado do Ceará (Sesporte) e pela Secretaria de Educação do Estado (Seduc) com apoio das Federações Amadoristas, têm o objetivo de diminuir a evasão escolar, promover o intercâmbio sócio-cultural e educacional entre os alunos das diversas escolas do Estado, além de revelar novos talentos.

segunda-feira, 14 de março de 2011

A importância de ler os rótulos


EFE


Uma pesquisa pediu a mil adultos americanos que mencionassem três fontes alimentares de gorduras trans: só 21%conseguiu, o que sugere que "há muito que ser feito" em matéria de campanhas de saúde e informação ao consumidor, segundo o doutor Robert H. Eckel, da Universidade do Colorado, em Denver, que impulsionou o estudo.
Curiosamente, quase 75% dos adultos do estudo do Colorado que conheciam a existência das gorduras trans também sabiam que essas substâncias aumentavam o risco de uma dolência cardíaca.
Segundo a doutora Luz García, nutricionista do Centro Médico Orel, "estas gorduras se formam durante o processo industrial e estão presentes em produtos cozidos e fritos (bolachas doces e salgadas, doces industriais, pãezinhos, batatas fritas), em comidas rápidas e em margarinas".
Para comer esta gordura em menor quantidade, a doutora Luz recomenda "reduzir o tamanho das porções dos alimentos que as contêm, assim como a frequência com que comemos "cookies", produtos fritos e doces".
Além disso, é aconselhável ler os rótulos dos produtos para ver se contêm óleos hidrogenados ou algum óleo vegetal parcialmente hidrogenado, o que significa que contêm gorduras trans.
A especialista aconselha limitar o consumo destes alimentos industrializados e considerar as gorduras trans como "saturadas", equivalentes às das carnes vermelhas, e que tanto prejuízos causam na saúde cardiovascular, e além disso "foram relacionadas com um maior risco de câncer de mama e parecem aumentar as células adiposas, promovendo o sobrepeso", conclui.
Segundo os pesquisadores da Universidade do Colorado, "é importante ler a informação nutricional em todos os produtos, inclusive nos alimentos denominados "sem gorduras trans", já que alguns fabricantes estão usando óleos tropicais, como os de coco ou palma, para substituir as gorduras trans, os quais também são ricos em gorduras saturadas.

O perigo das gorduras trans


EFE
Por Daniel Galiléia
Da Efe

As gorduras hidrogenadas ou trans, usadas em alimentos processados como doces e frituras industriais, margarinas, bolos e bolachas tipo "cookie" e "cracker", são para a saúde "lobos em pele de cordeiro", atuando comocomo gorduras saturadas dentro do organismo que se tornam um um dos maiores inimigos nutricionais para a saúde do coração e dos vasos sanguíneos.
Em uma análise de quatro estudos com quase 140 mil pessoas, publicada pelo "The New England Journal of Medicine", ficou comprovado que se a energia recebida por uma pessoa da ingestão de gorduras aumentasse em 2% e este aumento viesse de gorduras 'trans', seu risco de sofrer uma doença cardiovascular poderia aumentar em 23%.
Segundo outras pesquisas realizadas nos últimos anos, as gorduras trans não só diminuem o bom colesterol (HDL) e aumentam o ruim (LDL), mas promovem a inflamação dos tecidos, principalmente nas pessoas com obesidade, e elevam a incidência de diabetes.
Apesar dos riscos que significam para a saúde, as gorduras trans não só não estão proibidas, como é muito difícil de serem evitadas, já que seu nome não está impresso em praticamente nenhum dos rótulos nutricionais que acompanham a maioria dos alimentos.
Muitas pessoas sabem que devem limitar o consumo de gorduras trans porque obstruem as artérias e elevam o colesterol, mas poucos têm conhecimento de quais alimentos as contêm e deveriam ser evitados ou controlados, de acordo a um estudo realizado nos Estados Unidos, e cujos resultados podem ser aplicados em muitos países do mundo.

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Os Esportes

Embora as pessoas saibam que o povo grego parece ter sido o primeiro a praticar e organizar competições esportivas, a numerosa representação de cenas esportivas que aparecem nas paredes das tumbas, templos e obeliscos tendem a provar que, provavelmente, foram os antigos egípcios os verdadeiros pais de muitos dos esportes atuais. Elas também mostram que os faraós fixaram as regras básicas para os jogos, uniformes especiais para os jogadores e até um árbitro para organizar a competição. Este interferia para separar uma briga e anunciava os vitoriosos, conferindo-lhes colares diferenciados ou faixas de vencedores. Os sentimentos dos competidores ao término das partidas também foram retratados. Em uma das paredes do templo de Ramsés III (c. 1194 a 1163 a.C.) em Luxor, por exemplo, podemos ver um jogador que cumprimenta a torcida curvando-se e levando a mão até a testa. Vencedores e perdedores eram aplaudidos: os primeiros por sua superioridade e os demais por seu espírito esportivo. Os comportamentos da esportividade sadia começaram a ser definidas ali: o perdedor aceita a derrota de boa vontade e o vencedor lhe deseja boa sorte. Aquele, entretanto, que viola as regras do jogo ou não adere ao essencial do esporte é excluído e punido. Em outras palavras, havia uma ética por trás das práticas esportivas dos antigos egípcios. A verdade é que o egípcio antigo acreditou na importância do atletismo para o aperfeiçoamento doGINÁSTICA corpo e a proteção da saúde e na importância do entretenimento no restabelecimento da energia e no aumento da eficiência da atividade mental e física. Por tais razões, registraram cuidadosamente seus esportes e jogos populares nas paredes dos templos usando desenhos que ilustram as regras de cada jogo. Segundo os estudiosos do assunto, embora os esportes no antigo Egito fossem um fenômeno cultural, tinham, na realidade, um papel social e político significativo. Eles estavam divididos em diferentes categorias. A primeira, para entretenimento e manutenção da forma física, incluia ginástica, acrobacias, como nesta cena da mastaba de Kayemmi, caça, pesca, natação e salto em altura ou à distância. A segunda, para preparar os corpos dos reis e guerreiros, bem como para fortalecer os músculos dos moços que pretendiam ser sacerdotes ou oficiais militares, incluia o boxe, lutas corporais, levantamento de peso, remo, atividades eqüestres, maratonas e arco-e-flecha.
  • Uma forma primitiva de salto em altura era praticada com dois jogadores sentados um defronte ao outro, com as pernas estiradas e os pés de um deles em cima dos dedos dos pés do outro. Se um terceiro competidor conseguisse pular essa barreira humana, os dois jogadores sentados colocavam suas mãos espalmadas em cima de seus pés para aumentar a altura do obstáculo, o qual o terceiro jogador tinha que saltar semrpe sem tocá-lo. Tal modalidade esportiva ainda é praticada atualmente na zona rural egípcia, recebendo o nome de passos de ganso.
  • Cenas com boxeadores em posição de desferir socos no adversário, o qual, por sua vez, se defende, são mostradas em tumbas de Saqqara. Faraós e príncipes assistem a disputa, o que indica que já se tratava de uma competição organizada.
  • Levantamento de peso era outro dos jogos esportivos conhecidos pelos antigos egípcios. Uma das modalidades da competição consistia na tentativa de erguer um pesado saco de areia com uma só mão, numa única arrancada, e mantê-lo erquido em posição quase vertical por um período curto de tempo. Esta é uma das modalidades de levantamento de peso praticadas ainda hoje.
  • A equitação se transferiu do mundo da guerra para o do esporte e da caça de animais selvagens. Eram organizadas corridas de cavalos entre jovens. Permaneciam montados sem selas com total domínio da montaria.
  • Ostraca de calcário da XIX dinastia (c. 1307 a 1196 a.C.), proveniente de Deir el-Medina, mostra o esboço de uma dançarina acrobática. Seu corpo está curvado para trás até que as mãos toquem o solo, revelando flexibilidade corporal. Esse é um dos exercícios mais praticados atualmente. Uma ilustração mostra um homem que se mantém totalmente na vertical com a cabeça apoiada no solo, os braços junto ao corpo, e sem tocar o chão com as mãos. Outra pintura representa atletas executando sucessivos saltos e dando mais do que uma volta completa no ar. Ao término do desempenho os praticantes permanecem firmemente na vertical, o que é uma das regras básicas aplicadas nos exercícios de solo nas Olimpíadas de hoje. O fato é que os antigos egípcios dominaram muitos dos esportes olímpicos modernos.
  • As mulheres jovens também praticavam todas as modalidades esportivas e parece que apenas as artes marciais estavam destinadas somente aos homens. A representação de uma jovem praticando arco-e-flecha e atirando em três alvos pode ser vista em uma parede tumular.
As caçadas, as práticas com arco-e-flecha ou dardos estão representadas frequentemente nosCAÇADA relevos dos templos e parecem ter sido jogos esportivos particularmente importantes para reis e nobres. Nessas ocasiões podia-se desfrutar a camaradagem dos amigos e da família. Surgia, ainda, uma oportunidade de se testar a própria coragem e demostrar valentia e habilidade física, seja derrotando um leão ou um tigre no deserto, seja arpoando um hipopótamo ou um crocodilo no rio Nilo. Os relevos se esforçam em ressaltar a habilidade dos reis e príncipes no acerto preciso do alvo e sua força no retesar do arco. Os dardos diferiam em comprimento de acordo com o tipo de presa a ser atingida, permitindo que com um só lançamento se abatesse o animal. Eram lançados voltados para cima, de forma a executarem giros rápidos até atingirem o alvo. Amenófis II (c. 1427 a 1401 a.C.) afirmava que podia atravessar com uma flecha um alvo de cobre de sete centímetros de espessura de maneira que do outro lado do alvo surgisse 22 centímetros da flecha. E fixava prêmios para quem conseguisse fazer o mesmo. No templo de Ramsés III várias cenas mostram-no como caçador de leões, hipopótamos e touros selvagens. Museus egípcios guardam uma pequena estátua de Tutankhamon (c. 1333 a 1323 a.C.) representado como um caçador de hipopótamos e, também, muitas varas e anzóis para pesca de diferentes tipos e formatos, provando quão desenvolvido estava esse esporte. Deve ser considerado que os faraós freqüentemente se fizeram representar em relevos das paredes dos templos como guerreiros que sozinhos matavam centenas de inimigos e dezenas de leões para reforçar sua imagem de reis com poderes divinos. Ilustrações semelhantes foram repetidas por vários faraós que se sucederam, o que nos faz questionar a validade destas cenas. Por exemplo: as imagens de guerra de Ramsés III em Karnak são cópias exatas dos relevos de Ramsés II (c. 1290 a 1224 a.C.). Estas ações de heroísmo, em parte, foram projetadas com propósitos propagandísticos. Elas reforçavam a posição do rei como chefe de estado, mais do que refletiam uma realidade histórica. Acima, numa foto do Canadian Museum of Civilization Corporation, vemos uma pintura mural de uma cena na qual dezenas de animais são mortos por um guerreiro em
sua biga. O prazer da caçada está registrado em um papiro nos seguinter termos: CAÇA AOS PÁSSAROS
Um dia feliz quando nós descemos para o pântano, quando podemos capturar pássaros e pegar muitos peixes na água... Um dia feliz para todos quando a deusa do pântano nos é favorável. Nós apanharemos pássaros e acenderemos um braseiro para o deus Sebek."
A pintura mural ao lado, de um túmulo tebano da XVIII dinastia (c. 1550 a 1307 a.C.), ilustraria bem esse texto. A pescaria, por sua vez, era uma prática desportiva tanto das classes governantes quanto das pessoas comuns. É mostrada nas tumbas dos nobres, tanto do Império Antigo (c. 2575 a 2134 a.C.) quanto do Império Novo (c. 1550 a 1070 a.C.), nas quais aparece como um passatempo. Para os cidadãos, porém, era vista como uma profissão traiçoeira, revestida de real perigo advindos tanto do venenoso peixe-gato quanto do maior de todos o inimigos, o crocodilo. Se um barco emborcasse, o risco de ser devorado por este monstro do Nilo era alto. No término de uma excursão de pesca, o alívio dos homens pelo retorno seguro é ilustrado por um humorístico empurra-empurra dos pescadores entre si com suas varas de pescar. O remo era outro esporte egípcio antigo e seu maior requisito era a força física. Ilustrações registraram o remo em equipe. Os competidores necessitavam harmonizar as remadas em consonância com as ordens do líder, o qual manobrava o leme da embarcação. Era ele que controlava os movimentos por meio de um alto brado sistemático que unificava o momento no qual os remos tocavam a superfície da água e isso ajudava a empurrar o barco para a frente mais contínua e rapidamente. Tal método ainda é empregado atualmente. Com tanta água pela frente, não admira que a natação fosse um dos esportes favoritos. As águas tranqüilas do Nilo encorajavam os jovens a participarem de competições nas quais podiam mostrar suas habilidades natatórias. O rio, entretanto, não era o único cenário para prática da natação. Ainda que ele fosse o local ideal para os grandes competidores, os nobres primeiro aprendiam a nadar na privacidade de seus pequenos lagos particulares.
Nos túmulos de Saqqara estão representadas cenas de esportes praticados com bolas, os quais parecem ter sido tão populares quanto o são hoje em dia. Muitas bolas foram achadas em escavações arqueológicas. Eram confeccionadas com canas de papiro secas e amarradas firmemente, ou com tecido ou couro cozido recheados com papiro, palha, corda ou crina. Um esporte atual que já era praticado pelos egípcios é o hóquei. Para jogá-lo eram usados longos ramos de palmeira, largos e curvos na extremidade como os tacos usados hoje em dia nesse esporte, e um disco feito com dois pedaços de couro em formato de semicírculo, tingidos de duas ou mais cores e recheados de fibras de papiro comprimidas. Este hóquei primitivo ainda é jogado na zona rural egípcia atualmente, sendo conhecido como hoksha.
Outro esporte com bola parece ter sido a origem do jogo de beisebol que conhecemos hoje. As cenas ilustram que os artefatos usados eram semelhantes aos do hóquei. O jogo começa com dois times iguais, um dos quais bate a bola enquanto o outro permanece espalhado pelo campo. Um jogador do primeiro time lança a bola para um competidor do time adversário. Este rebate a bola, procurando lançá-la o mais longe possível, larga o bastão e corre atrás da bola juntamente com o resto de seu time, em um plano predeterminado, tentando alcançar uma palmeira distante a partir de outra palmeira mais próxima. Então, ele volta ao ponto de partida. Algumas regras lembram o beisebol: o jogador do time rebatedor é excluído se for atingido pela bola; ao time rebatedor não é permitido, ao correr, cruzar os limites estabelecidos; os dois times trocam seus papéis ao longo da partida. Esse jogo, em sua forma primitiva, ainda é praticado em certas regiões do Egito.
As espadas não existiam ainda, mas os murais do Alto Egito mostram cenas que refletem oESCRIMA COM BASTÕES profundo interesse dos antigos egípcios por uma espécie de esgrima praticada com bastões de madeira. Dois jogadores se enfrentam, cada um tentando descobrir o ponto fraco do outro. O objetivo é atingir uma parte do corpo do oponente com a vara. A arena, dizem os textos, é um círculo com três metros de diâmetro e a partida é constituída por três assaltos de três minutos cada um. Os locais do corpo que se deve atingir são o tórax, a axila e a cabeça. Se esta última for tocada, o jogador atingido perde a partida e o jogo termina. É proibido atingir a mão que segura o bastão. A foto acima, do Canadian Museum of Civilization Corporation, ilustra um destes combates. Com certeza este é um dos esportes de auto-defesa
mais antigos.
As maratonas tinham relevante significado para os antigos egípcios. Sua importância advinha não apenas do fato de serem elementos essenciais para o preparo físico de uma pessoa, mas também por suas finalidades religiosas. O faraó praticava a maratona durante a cerimônia de sua entronização e quando da celebração do Heb-Sed, festa durante a qual ocorreria uma regeneração do poder real, colocando o soberano na condição necessária para exercer suas funções. Rejuvenescido e dotado de renovado poder, ele poderia exercer seu papel de criador com a mesma intensidade que o fizera ao subir ao trono. Um dos rituais essenciais desta celebração consistia numa corrida do rei num local apropriado, construído ao redor de seus edifícios funerários. Ao público presente era, assim, revelada a força física do rei e sua habilidade para governar usando suas capacidades corporais e mentais. Existem registros de que o faraó e aqueles que haviam nascido no mesmo dia do nascimento do rei participavam de maratonas agitadas. A ninguém era permitido fazer uma refeição antes de cumprir as 180 etapas dessa corrida. Entre as cenas mais conhecidas dessa festividade estão as do faraó Djoser (c. 2630 a 2611 a.C.) correndo ao redor de seu complexo mortuário.


FONTE DE PESQUISA: http://www.fascinioegito.sh06.com/esportes.htm