quinta-feira, 25 de março de 2010

DEFICIENCIAS

Deficiência é o termo usado para definir a ausência ou a disfunção de uma estrutura psíquica, fisiológica ou anatômica. Diz respeito à biologia da pessoa. Este conceito foi definido pela Organização Mundial de Saúde. A expressão pessoa com deficiência pode ser aplicada referindo-se a qualquer pessoa que possua uma deficiência. Contudo, há que se observar que em contextos legais ela é utilizada de uma forma mais restrita e refere-se a pessoas que estão sob o amparo de uma determinada legislação.
O termo deficiente para denominar pessoas com deficiência tem sido considerado por algumas ONGs e cientistas sociais inadequado, pois o termo leva consigo uma carga negativa depreciativa da pessoa, fato que foi ao longo dos anos se tornando cada vez mais rejeitado pelos especialistas da área e em especial pelos próprios portadores. Muitos, entretanto, consideram que essa tendência politicamente correta tende a levar os portadores a uma negação de sua própria situação e a sociedade ao não respeito da diferença. Atualmente a palavra é considerada como inapropriada, e pode promover, segundo muitos estudiosos, o preconceito em detrimento do respeito ao valor integral da pessoa.
A pessoa com deficiência geralmente precisa de atendimento especializado, seja para fins terapêuticos, como fisioterapia ou estimulação motora, seja para que possa aprender a lidar com a deficiência e a desenvolver as potencialidades. A Educação especial tem sido uma das áreas que tem desenvolvido estudos científicos para melhor atender estas pessoas, no entanto, a educação regular passou a se ocupar também do atendimento de pessoas com necessidades educativas especiais, o que inclui pessoas com deficiência além das necessidades comportamentais, emocionais ou sociais.
Desde a Declaração de Salamanca, surgiu o termo necessidades educativas especiais, que veio a substituir o termo criança especial, anteriormente utilizado em educação para designar a criança com deficiência. Porém, este novo termo não refere-se apenas à pessoa com deficiência, pois engloba toda e qualquer necessidade considerada atípica e que demande algum tipo de abordagem específica por parte das instituições, seja de ordem comportamental, seja social, física, emocional ou familiar.
m acordo foi celebrado em 25 de agosto de 2006 em Nova Iorque, por diversos Estados em uma convenção preliminar das Nações Unidas sobre os direitos da pessoa com deficiência, o qual realça, no artigo 24, a Educação inclusiva como um direito de todos. O artigo foi substancialmente revisado e fortalecido durante as negociações que começaram há cinco anos. Em estágio avançado das negociações, a opção de educação especial (segregada do ensino regular) foi removida da convenção, e entre 14 e 25 agosto de 2006, esforços perduraram até os últimos dias para remover um outro texto que poderia justificar o segregação de estudantes com deficiência. Após longas negociações, o objetivo da inclusão plena foi finalmente alcançado e a nova redação do parágrafo 2 do artigo 24 foi definida sem objeção. Cerca de sessenta delegações de Estado e a Liga Internacional da Deficiência (International Disability Caucus), que representa cerca de 70 organizações não governamentais (ONGs), apoiaram uma emenda proposta pelo Panamá que obriga os governos a assegurar que: as medidas efetivas de apoio individualizado sejam garantidas nos estabelecimentos que priorizam o desenvolvimento acadêmico e social, em sintonia com o objetivo da inclusão plena. A Convenção preliminar antecede a assembléia geral da ONU para sua adoção, que se realizará no final deste ano. A convenção estará então aberta para assinatura e ratificação por todos os países membros, necessitando de 20 ratificações para ser validada. A Convenção da Deficiência é o primeiro tratado dos direitos humanos do Século XXI e é amplamente reconhecida como tendo uma participação da sociedade civil sem precedentes na história, particularmente de organizações de pessoas com deficiência.Elementos significativos do artigo 24 da instrução do esboço
Nenhuma exclusão do sistema de ensino regular por motivo de deficiência
Acesso para estudantes com deficiência à educação inclusiva em suas comunidades locais
Acomodação razoável das exigências individuais
O suporte necessário dentro do sistema de ensino regular para possibilitar a aprendizagem, inclusive medidas eficazes de apoio individualizado

OS CONCEITOS DE DEFICIENCIAS



Pessoa Portadora de Deficiência

Considera-se Pessoa Portadora de Deficiência (PPD) aquela que apresente, em caráter permanente, perdas ou reduções de sua estrutura, ou função anatõmica, fisiológica, psicológica ou mental, que gerem incapacidade para certas atividades, dentro do padrão considerado normal para o ser humano.

CLASSIFICAÇÃO DAS DEFICIÊNCIAS

As deficiências podem ser congênitas ou adquiridas. As deficiências físicas (motoras) são:
Paraplegia: Perda todas das funções motoras.
Paraparesia: Perda parcial das funções motoras dos membros inferiores.
Monoplegia: Perda parcial das funções motoras de um só (podendo ser superior ou inferior).
Monoparesia: Perda parcial das funções motoras de um só membro (podendo ser superior ou inferior).
Tetraplegia: Perda total das funções motoras dos membros superiores e inferiores.
Tetraparesia: Perda parcial das funções motoras dos membros superiores e inferiores.
Triplegia: Perda total das funções motoras em três membros.
Triparesia: Perda parcial das funções motoras em 3 membros.
Hemiplegia: Perda total das funções motoras de um hemisfério do corpo (direito ou esquerdo).
Hemiparesia: Perda parcial das funções motoras de um hemisfério do corpo. (direito ou esquerdo).

Paralisia cerebral

Lesão de uma ou mais áreas do sistema nervoso central tendo como conseqüência, alterações psicomotoras, podendo ou não causar deficiência mental. Geralmente os portadores de paralisia cerebral possuem movimentos involuntários, espasmos musculares repentinos chamados esplasticidade (rigidez) ou hipotonia (flacidez). A falta de equilíbrio dificulta a deambulação e a capacidade de segurar objetos.


Deficiência mental

A deficiência mental refere-se a padrões intelectuais reduzidos, apresentando comprometimentos de nível leve, moderado, severo ou profundo, e inadequação de comportamento adaptativo, tanto menor quanto maior for o grau de comprometimento.

Deficiência visual

A deficiência visual é a perda ou redução de capacidade visual em ambos os olhos em caráter definitivo, que não possa ser melhorada ou corrigida com o uso de lentes, tratamento clínico ou cirúrgico. Existem também pessoas com visão sub-normal, cujos limites variam com outros fatores, tais como: fusão, visão cromática, adaptação ao claro e escuro, sensibilidades a contrastes, etc.

Deficiência auditiva

A deficiência auditiva inclui disacusias (perda de audição) leves, moderadas, severas e profundas e são assim classificados:

iSl Perda moderada
iSl Perda severa
iSl Perda Profunda

Deficiências múltiplas

Quando a pessoa apresenta conjuntamente duas ou mais deficiências.


Fonte: /www.ibc.gov.br

DEFICIENCIAS

quarta-feira, 17 de março de 2010

Novas perspectivas da integração do deficiente.

A integração das pessoas portadoras de deficiência insere-se no conjunto do processo político, econômico e social exige a formulação e o desenvolvimento de programas nos diferentes níveis da administração e a conjugação de esforços de todos os segmentos da organização social e da vida coletiva. Pois não só os indivíduos sofrem no corpo e na mente as deficiências que o atingem: o preconceito e o desconhecimento ferem a cidadania, afetam a organização da sociedade, introduz na economia um ônus que poderia ser evitado.

A integração de pessoas portadoras de deficiência tem, aliás, raízes nas condições de vida de grande parte da população, determinadas pelas distorções de renda vigente.
Constata-se desse modo que a maioria das pessoas portadoras de deficiência não recebe nenhum atendimento semelhante ao prestado ao restante da população e que não foi atingida por qualquer medida que a habilite a integrar-se normalmente à sociedade. O governo entende que, coordenando e incentivando ações por órgãos de diferentes esferas administrativas, há de se obter a racionalização dos resultados a alcançar. a ampliação de prevenção e atendimento e a efetiva integração social das pessoas portadoras de deficiência."
(AUSTIN,p.13,1986).

Sociedade e Estado são uma só realidade no ataque a este problema, pois só é a nação que sofre, numa décima parte de seus filhos, limitações que podem ser evitadas, recuperadas ou compensadas, mas cuja manutenção já não se pode tolerar.
Um programa de conscientização não estará completo enquanto se limitar à divulgação de informações - importantíssimas e essenciais; ele visa, em última instância, a mudança de ordem prática: uma atitude de atitude. Seu objetivo central é permitir que a sociedade venha se tornar sujeito deste programa, única forma duradoura de encontrar o caminho para a sua superação

EDUCAÇAO FISICA ADAPTADA

As pessoas portadoras de deficiências possuem, como todos nós, uma gama de capacidades que podem ser desenvolvidas e aprimoradas através de um programa de educação física adaptada. Mas afinal, o que é educação física adaptada?

É um programa diversificado de atividades, jogos, esportes e ritmos, adequados aos interesses, capacidades e limitações do aluno com necessidades especiais. O objetivo da educação física adaptada é dar oportunidade ao portador de necessidades especiais de ter várias opções de esporte e lazer, mostrando o impacto destas atividades na qualidade de vida, nos aspectos físicos, sociais e psicológicos.

A idéia da educação física adaptada é a de incluir o aluno com necessidades especiais nas atividades físicas promovidas pelas escolas do sistema regular de ensino, pois, muitas vezes, esses alunos são dispensados devido a sua condição. A atividade motora adaptada é um dos meios que proporciona ao aluno com necessidades especiais condições de aumentar o repertório de movimentos. É através das atividades físicas que o indivíduo portador de deficiência pode estabelecer um novo conceito de corpo, passando a detectar e desenvolver os potenciais remanescentes, direcionando o pensamento, os motivos e o comportamento diante da sua condição. Por mais acentuada que seja sua limitação motora, pode-se conseguir com a educação física adaptada uma parcial ou completa adaptação à sua limitação e às solicitações do ambiente, em várias situações. Isto se torna possível porque o indivíduo redimensiona o significado do movimento dos membros remanescentes e, de alguma forma, elabora um vocabulário corporal próprio.

Citação bibliográfica:
MENEZES, Ebenezer Takuno de; SANTOS, Thais Helena dos."Educação física adaptada" (verbete). Dicionário Interativo da Educação Brasileira - EducaBrasil. São Paulo: Midiamix Editora, 2002, http://www.educabrasil.com.br/eb/dic/dicionario.asp?id=248, visitado em 17/3/2010.

Por que atividade física para o deficiente?

domingo, 7 de março de 2010

A importância da Educação Física


A educação física enfatiza o conhecimento e domínio corporal e busca através de atividades lúdicas e esportivas, servir como importante elemento de desenvolvimento geral, aumentando o potencial de experimentação corporal de situações de aprendizagem e de aquisição de conceitos básicos. Desenvolve a auto-confiança, a auto-iniciativa e a auto-estima, além de atuar como elemento facilitador de um desenvolvimento motor adequado e propiciador de situações de interação social.

Há algumas atividades comumente praticadas pelos deficientes visuais como: natação, judô, musculação, dança, recreação, atletismo, futebol, futebol de salão, xadrez, além de thorball e o goalball (modalidades esportivas que foram inventadas e desenvolvidas especificamente para pessoas portadoras de necessidades visuais especiais).

As pessoas cegas, especialmente as crianças, geralmente apresentam desempenhos inferiores nas áreas motora, cognitiva e afetivo-social. A defasagem apresentada não é própria da condição de cego, mas sim em função de um relacionamento familiar inadequado e, principalmente, é causado pela própria problemática da realização motora. A família, muitas vezes super protege a criança cega e isso dificulta seu desenvolvimento motor geral. Como já foi dito antes, quanto menos a criança cega interage fisicamente no ambiente, menos ela experimenta situações de aprendizagem, menos oportunidades ela tem de formar conceitos básicos, menos ela relaciona-se com o ambiente e com as pessoas e mais ela se fecha dentro do seu mundo particular e restrito pela falta de informações visuais.

Com relação ao domínio sócio-afetivo, freqüentemente apresentam medo de situações e ambientes desconhecidos, dependência, dificuldade de relacionamento e integração, insegurança, baixa auto-estima e auto-confiança. Já no campo cognitivo podemos observar limitação na captação de estímulos e dificuldade na formação de conceitos. Ainda tem um grande comprometimento na área psicomotora, principalmente pela impossibilidade de imitação que dificulta a aprendizagem e diferentes vivências motoras e sensoriais.

Sem dúvida a educação física é um importante aliado na interação social, no incremento das funções da inteligência e principalmente no desenvolvimento das condições motoras dos indivíduos cegos. Através de atividades lúdicas, podemos alcançar os 3 domínios e melhorar a qualidade de vida dessas pessoas. As defasagens no desenvolvimento geral da criança cega, que se apresentam como estatisticamente relevantes, são mais acentuadas na área motora. Estas se dão não por um déficit anátomo-fisiológico inerente à criança congenitamente cega, mas sim pela limitação de experiências motoras em diversos níveis.

Os estágios de desenvolvimento motor da criança cega apresentam-se com freqüência as seguintes defasagens:

A chamada educação física adaptada ou especial consegue minimizar e otimizar esses problemas, se o trabalho for realizado por um profissional competente e habilitado. Ela utiliza o corpo da criança cega como instrumento. Partindo do conhecimento e domínio deste corpo, ela usa o movimento controlado como meio, o respeito absoluto a individualidade do aluno como estratégia básica, o prazer da descoberta de poder fazer como reforço, tendo como fins o embasamento e a potencialidade de seu desenvolvimento geral, buscando propiciar condições favoráveis à sua trajetória acadêmica e, futuramente, à sua emancipação social.

A criança portadora de necessidades visuais especiais tem absoluta necessidade de descobrir, conhecer, dominar e relacionar o seu próprio corpo com o ambiente e com as pessoas. Somente assim ela se identificará como ser inédito, formando o seu "EU", interagindo no ambiente e em seu grupo social, é uma etapa de seu desenvolvimento que não pode ser queimada. Essa criança necessita de ações que permitam construir uma nova postura em relação a sua realidade, superando os comprometimentos físicos e estabelecendo um comportamento de interação e integração com as pessoas e o mundo a sua volta.